A
casa é grande e fica num vale cheiroso e verde. O terreno é
enorme, e o sol bate de
manhã na casa e à tarde num canto do
jardim. Um grande portão
de ferro marca a entrada do terreno. O longo
caminho até a casa
é cercado de flamboyants que derramam flores no
chão. Em frente à
casa o caminho se bifurca, contornando uma pequena
pracinha com bancos e mesa
de ferro. Num dos dois lados da casa há uma
horta com cheiro de salsinha.
No jardim dos fundos, há um grande
gramado, verdinho, rodeado
de árvores altas de galhos espalhados,
formando um bosque mágico
onde vivem elfos esguios e onde fadas dançam
sobre as folhas. O sol faz
manchinhas douradas no chão quando passa
por entre os galhos e várias
frutinhas caem no chão no outono. Quando
venta, pequenas folhinhas
saem voando. Há sempre pássaros e cigarras
cantando, e os labradores
bobos Legolas, Tinúviel e Fëanor e os
pastores Turambar e Polgara
adoram correr pelo bosque. Num canto perto
da horta há árvores
frutíferas com cheiro doce, e fícus enormes jogam
bolinhas moles no chão,
que se desmancham quando pisamos nelas. Há
bancos de ferro e mesas
de pedra escondidos entre as árvores; redes
e balanços se estendem
pelos troncos. No centro do bosque há uma
espécie de salão
de folhas, cujo teto é fechado por galhos de fícus;
as paredes são de
trepadeiras abraçadas umas às outras. O chão desse
salão é batido
e limpo, pra gente sentar e contar histórias.
A casa
é de tijolinhos cor bege-claro, e as grades das varandas dos quartos
são de ferro, formando
desenhos de flores e folhas. Tem dois andares,
um sótão com
coisas velhas implorando pra serem descobertas e um
porão-lavanderia;
o telhado é claro e o pé direito, alto. O hall de
entrada tem ganchos nas
paredes pra casacos e capas, e um porta
guarda-chuvas; tem também
um espelho redondo numa das paredes cor de
areia, e prateleiras com
velas em castiçais metálicos e brinquedos de
madeira. Uma luz amarela
escorre lentamente de lustres penduradas nas
paredes, iluminando só
um pouco. A sala de estar tem sofás fofos e
muitos pufes, abat-jours
de pé, de parede, de mesa, e quadros coloridos
e alegres, leves como filó,
enfeitam as paredes. Em todas as mesas há
vasinhos de flores, livros
coloridos, potinhos de vidro com biscoitos,
bombons, bolas de gude ou
florzinhas coloridas. Em cima da lareira tem
uma coleção
de porta-retratos. O sol entra livremente pelas amplas
janelas que dão pras
varandas imensas rodeando a casa.
A cozinha
é muito grande, pra que sempre possa caber muita
gente, pra cozinhar junto,
comer junto ou fazer lanches de madrugada
com a Lua na janela. Há
cestas de frutas nas mesas e bancadas, e
sempre tem pão fresquinho
e bolo quente perfumando o ar. A despensa
não é muito
grande, e as crianças gostam de se esconder lá dentro
quando estão brincando.
A casa tem também um jardim interno, gramado,
onde os cachorros gostam
de rolar e pra onde o cheiro do almoço vai.
As imensas
varandas felizes têm flores em jardineiras e
almofadas coloridas em sofás
de vime, cadeiras de balanço e crianças
brincando com os labradores
bobos, e flores caem no telhado e no chão
quando bate uma brisa mais
assanhada.
Nos fundos
da casa fica a biblioteca, com sofás, poltronas,
divãs e tapetes fofos
pra quem gosta de ler deitado de barriga pra
baixo, e pequenas estantes
e mesinhas pras crianças, e muito papel
e lápis de cor. A
janela tem vista pro bosque, e os beija-flores de
vez em quando entram por
ela, e as cigarras também, e todo mundo sai
correndo de um lado pro
outro com medo das cigarras, e quando elas
voltam pro bosque estão
todos de bochechas vermelhas, cabelo suado
grudado na testa e na nuca
e risos nos rostos.
No segundo
andar há muitos quartos de crianças, com camas
extras, colchonetes e beliches
pra brincar de casinha. O teto é azul
com estrelinhas amarelas
ou peixinhos coloridos, ou então verde com
florzinhas e passarinhos.
As camas são cobertas de colchas fofas e
travesseiros de pena de
ganso, e há um livro em cada mesinha de cabeceira.
Os banheiros são
amplos, claros, com largas banheiras e pequenos sofás.
Nas prateleiras há
potes de sais de banho, vidros de talco, sabonetes
líquidos com cheiro
de fada ou coloridos de formato engraçado, e as
toalhas são bordadas
em ponto de cruz.
Nessa
casa os únicos deveres são cantar no chuveiro e dormir
de pijama com estampas ridículas.
É proibido chorar, a não ser vendo
filme água-com-açúcar,
e mesmo assim tem que fazer cara de bobo pra se
justificar. Depois da novela
em que ninguém presta atenção porque está
ocupado recordando as brincadeiras
do dia, todos jogam tapão, gritando
muito, e quem perder leva
rolhada no nariz. Tem sempre alguém que toca
violão, e a noite
termina com um bando de desafinados cantando
Paralamas do Sucesso, errando
a letra toda e rindo como doidos. Todo
mundo toma leitinho antes
de dormir, e os cachorros latem embaixo das
janelas pela manhã
pra acordar as crianças.
Ainda
não decidi se instalo Internet no computador da biblioteca.
Tijuca (por incrível
que pareça), 7oct97
mas
o que que é lefl mermo, hein? ~
olha só onde eu vou morar um dia... ~
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