O Alvorecer do Homem - O Homem Moderno
Gênero Sapiens
O Homo Sapiens apareceu por volta de 250 mil anos atrás. Apesar de já se poder falar numa nova espécie, eles ainda não eram anatomicamente assemelhados ao homem moderno.
O Paleolítico (33.000 a 9.000 a.C.)
Há cerca de 40 mil anos, no meio da Idade do
Gelo, aparecia a subespécie Sapiens Sapiens.Eles sabiam acender o fogo e usar
pedaços de minerais para fazer desenhos coloridos nas paredes das cavernas.
O Cro-magnon chegou à Europa por volta de 20.000 a.C., aniquilando os neandertalenses. Com ele, chegou também a Cultura Chatelperoniense, resultado do empréstimo que o Sapiens fez da tecnologia Aurignaciense e Musteriense do Homo Neanderthalensis.
Os novos povos tinham altura média de 1,85 metros, cerca de 20 cm. a mais que os neandertalenses. Cada tribo Cro-Magnon que chegava tomava os campos de caça dos nativos, normalmente à força. Como eram maiores e melhor equipados, geralmente levavam vantagem. Poucos neandertalenses machos sobreviviam aos combates. As mulheres eram por certo levadas para gerar proles Cro-Magnon. Não há indícios que os neandertalenses tenham sido escravizados.
Por volta de 13.000 a.C., as geleiras começaram a se derreter pelo aquecimento geral do planeta. O nível dos mares se elevaram e o calor e umidade induziram o crescimento de florestas densas, propiciando o aparecimento de algumas espécies novas e o fim dos grandes mamíferos (bisão, mamute, urso, tigre de dente de sabre ...), que migraram rumo ao frio norte da Eurásia.
Os Cro-Magnon caçavam em bandos. Com os
grandes animais já, seus alvos prediletos eram touros, renas, cervos e ursos. As mulheres
colhiam os frutos silvestres. A alimentação foi enriquecida com a pesca e a técnica de
charquear a carne, permitindo sua conservação até o consumo no inverno. O Cro-Magnon
era um habilidoso caçador, que se valia do arco e da flecha como instrumento de
caça. Fabricava e usava, também, lanças, arpões e armadilhas.Aparentemente o
cavalo já estava domesticado nessa era.
Há indícios de que eles tivessem um
calendário lunar para monitorar o movimento estacional dos animais.
Outro traço da cultura deles são os complexos rituais de caça, nascimento e morte. Também característica dessa nova cultura foi a presença de trabalhos artísticos com chifres de veados.
Viviam em grupos nômades e suas habitações levavam isso em conta, pois eram de material facilmente abandonável ou portátil.
Muitos deles viveram no norte da África,
Europa e sul da Ásia. Ali construíram abrigos na forma de tendas,
nas quais viviam muitas famílias. à direita se vê uma dessas
cabanas, encontrada na Sibéria, em que as paredes foram feitas de ossos de
mamutes. Sobre elas eram estendidas peles de animais caçados. Suas cavernas e choupanas
tinham piso acascalhado para isolar a umidade.
Há muitas evidências de que entre 10 e 20 mil anos atrás, aproveitando-se do baixo nível do mar, houve migração de grupos asiáticos para a América do Norte através do Estreito de Behring, no Alasca. Teorias em evolução também defendem que grupos da Macronésia conseguiram atingir as costas chilenas nessa época. E uma tese bastante polêmica estatui que grupos africanos teriam aportado no Brasil há cerca de 40 mil anos atrás, vindos diretamente das costas ocidentais da África ou cruzando a Ásia, sem se estabelecer ali por muito tempo, uma vez que anatomicamente são negróides e não asiáticos. O exemplar mais famoso desse povo de origem africana é, sem dúvida, a famosa Luzia.
A partir do Período Mesolítico (9.000 a 6.000 a.C), as características regionais se acentuam. Civilizações começam a aparecer e se destacar.