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O USO DO FUMO NOS TERREIROS DE UMBANDAO fumo � a erva mais tradicional
da terap�utica psico-espiritual praticada em nossa religi�o. Origin�rio
do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas pr�prias
folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar
o fumo, melhorando o gosto e o aroma. O charuto e o cachimbo, ou ainda
o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxal� s�o
t�o somente defumadores individuais. Lan�ando a fuma�a sobre a aura, os
plexos ou feridas, v�o os esp�ritos utilizando sua magia em benef�cio
daqueles que os procuram com f�. No fabrico dos charutos (palavra
derivada do t�mil churutu), as folhas, ap�s o processo de secagem, s�o
reunidas em manocas de 15 a 20 folhas e submetidas a fermenta��o, destinada
a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo
e uniformizar a sua colora��o. Nos trabalhos umbandistas � muito
utilizado por Exu Bombogira. A cigarrilha de odor especial, quando utilizada
por esta entidade, melhor se ajusta ao descarrego do magiado, por proporcionar-lhe
mais tranquilidade. J� os Pretos-Velhos d�o prefer�ncia
aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como
o alecrim, a alfazema e outros, al�m de utilizarem cigarros de palha,
impregnando assim os elementos com a sua pr�pria for�a espiritual, transformando
o tradicional "pito" em um eficiente desagregador de energias negativas.
Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo s�o instrumentos
fundamentais na a��o m�gica dos trabalhos umbandistas executados pelas
entidades. A queima do tabaco funciona como um defumador individual, pr�prio,
dirigido ao objetivo do Guia, que n�o traz nenhum v�cio tabagista, como
dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um b�lsamo vitalizador
e ativador dos chakras dos consulentes.
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